Embora seja uma neoplasia muito rara nos países desenvolvidos, no Brasil corresponde por 1-2% das neoplasias nos homens, podendo ter uma incidência ainda maior em algumas regiões do Norte e Nordeste. O tipo mais comum é o carcinoma espinocelular, com pico aos 60 anos de idade.
O sintoma mais comum é aparecimento de lesão no pênis que não melhora com tratamento com pomada ou medicamentos via oral. Nesse caso, é mandatório a realização da biópsia para descartar a presença de câncer.
Os principais fatores de risco são não circuncidados, portadores de fimose, tabagismo, higiene precária, líquen escleroso, múltiplos parceiros sexuais, idade precoce da primeira relação sexual, zoofilia e infecção por HPV.
Se a biópsia confirmar a presença de câncer, deve ser feito estadiamento com tomografia computadorizada para descartar metástase principalmente para linfonodos inguinais e pélvicos.
O tratamento depende da profundidade da invasão do tumor. Se for uma doença superficial (neoplasia intraepitelial), pode ser tratado com quimioterápico tópico, como imiquimode ou terapia com laser YAG ou laser de CO2. Se a doença for localizada no prepúcio pode ser tratado com postectomia (retirada do prepúcio), se não estiver aderida ao plano profundo. Glandectomia parcial ou total está indicado nos casos das lesões na glande e penectomia total em caso de tumor muito avançado.