Esse é um dos métodos mais eficientes para tratar cálculo renal maior que 2 cm. Atualmente a potência do laser vem aumentando, permitindo tratamento transuretral mesmo para cálculos maiores que 2cm, em alguns casos selecionados.
Nessa técnica, é realizada uma ou duas incisões de 1cm na região lateral do abdome no local onde está o rim. Após dilatar o trajeto entre a pele e a região do cálculo dentro do rim, é introduzido um aparelho chamado nefroscópio que tem uma câmera na ponta e um canal por onde pode ser inserido alguns aparelhos. Ao localizar o cálculo volumoso, é introduzido um instrumento chamado litotritor ultrassônico que permite a fragmentação eficiente destes cálculos e ao mesmo tempo a aspiração dos fragmentos.
Em alguns casos favoráveis, é possível quebrar e aspirar cálculos grandes em 20-30 minutos, o que demoraria mais de 2-3 horas utilizando o ureteroscópio flexível! O risco associado a este procedimento é a necessidade de se fazer uma perfuração no rim e dilatar um trajeto para introduzir o nefroscópio. Isso pode causar hemorragia em alguns casos, mas quando o cálculo ocupa uma parte considerável do rim – chamado cálculo coraliforme – essa técnica é o tratamento de escolha.
Para drenar bem a urina e cicatrizar o rim, pode ser necessário usar transitoriamente um cateter siliconado fino, chamado duplo J ou uma sonda pelo orifício onde foi realizada a cirurgia. O paciente permanece internado 48h-72h, em média, para a realização desse procedimento.
